Dar abrigo aos peregrinos (Obras de Misericórdia Corporais - 2 de 7)

Dar abrigo aos peregrinos.
Comentários do Pe. Reginaldo Manzotti

Jesus foi um desabrigado já em seu nascimento, quando negaram a José e Maria que estava para dar à luz, um lugar na hospedaria (Lc 2,7).

Tendo em vista que a realidade dos tempos de Jesus era muito diferente da realidade dos tempos atuais, torna-se complicado, perigoso e é até ingenuidade de nossa parte querer acolher em nossas casas, pedintes ou moradores de rua. Porém, Deus suscita obras de acolhimento na Igreja, através dos padres, religiosos (as), e leigos (as), que nos permite praticar esta obra de misericórdia, com nossa ajuda concreta.

Como cidadãos, cristãos, ou enquanto comunidade, somos chamados a contribuir economicamente e voluntariamente nos serviços desta obra.

Não podemos eximir o poder público de uma política habitacional, ao contrário, é nosso dever como cristãos, estar atentos a isto, como obra de misericórdia. No entanto, partilho que conheço inúmeros casos de famílias nos grandes centros que acolhem pessoas vindas do interior até que estas se estabeleçam economicamente.

Sem querer forçar a natureza desta obra de misericórdia, não se poderia entendê-la de uma forma mais ampla, como por exemplo, simplesmente “acolher” na vida familiar, na convivência, no afeto, no dedicar algum tempo? Na escravidão de compromissos intermináveis e espaços curtíssimos entre uma novela e outra, arrumar um tempo, e simplesmente se dispor em “acolher”? 


Fonte: www.padrereginaldomanzotti.org.br