Enterrar os mortos. (Obras de Misericórdia Corporais - 7 de 7)

Enterrar os mortos.
Comentário do Pe. Reginaldo Manzotti


Crer na ressurreição da carne, na vida eterna, faz parte da oração pela qual professamos nossa fé.

No Livro de Tobias encontramos o seguinte: Tobit com uma solicitude toda particular, sepultava os defuntos e os que tinham sido mortos (Tb 1, 20).

O Novo Catecismo da Igreja Católica, assim diz: “Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e na esperança da ressurreição. O enterro dos mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo” (CIC § 2300).

Cada pessoa é templo do Espírito Santo e mesmo depois de morta, seu corpo merece respeito.

A Igreja permite a cremação do corpo, desde que não seja um ato que se faça numa manifestação de contrariedade à fé na ressurreição dos mortos (CIC § 2301). A doação gratuita de órgãos não é um desrespeito ao corpo quando desejada pela própria pessoa, é uma pratica legitima, incentivada pela Igreja como meritória.

Acredito seriamente que o velório, ou guarda do corpo é muito válido, importante e edificante, tanto para o morto, como para os familiares.

Da parte do falecido pelas orações feitas em seu favor, da parte dos familiares pela oportunidade de perdão, conversão e reflexão. Sobre isto aprenderemos mais nas obras espirituais. São elas: instruir, aconselhar, consolar, confortar, perdoar, suportar com paciência, e rezar pelos mortos (esta ultima é item apresentado no capitulo IV do catecismo de São Pio X). No momento limito-me apenas em citá-las. No próximo mês, refletiremos detalhadamente sobre elas.