Aconselhar (dar bons conselhos aos que necessitam). (Obras de Misericórdia Espirituais - 2 de 7)

Aconselhar (dar bons conselhos aos que necessitam).
Comentário do Pe. Reginaldo Manzotti

É o dom de orientar e ajudar a quem precisa.

Jesus nos orientou e aconselhou a não sermos cegos guinando cegos (Mt 15, 14), e também a primeiro tirarmos a trave do nosso olho, para depois tirar o cisco do olho do irmão (Lc 6, 39). Apesar da força deste conselho e alerta de Jesus, não podemos nos eximir de dar bons conselhos àqueles que necessitam. Reforço, dar bons conselhos e não qualquer conselho. Para que isto aconteça é preciso mergulhar na graça do Espírito Santo, para perceber os sinais de Deus que nos auxiliam na compreensão dos fatos e discernimento da vida.

Perigosos são os conselhos quando dados sem uma vida de oração. Destrutivos são os conselhos recebidos nas mesas de botequins ou grupos de fofoqueiras. O Salmista nos convida a rezar: “Bendito o Senhor que me aconselha, mesmo de noite a consciência me admoesta (Sl 16, 7).

Na história do povo de Deus, no Antigo Testamento, um mau conselho dado ao rei de Israel por parte de um falso profeta custou ao posso um massacre, invasão e cativeiro (Nm 31, 16).

Por conselhos desprovidos da luz de Deus muitas amizades foram desfeitas, casamentos destruídos e guerras iniciadas. São Paulo Apóstolo, também sofreu um naufrágio por não terem escutado seu conselho e disso ele se queixa em Atos 27, 21ss.

Aconselhar não é profetizar o futuro, muito menos projetar nossas angustias; é antes de tudo, à luz da oração e do conhecimento da vontade de Deus sobre a humanidade, ajudar aos que nos pedem um discernimento nas opções e decisões a serem tomadas. Aconselhar é ajudar a lançar luz no caminho de quem hoje pisa em sombras.