Podemos santificar-nos na medida e modo que mais agrada a Deus, qualquer que seja nossa índole e nosso caráter.

Nós não devemos dizer: aquele santo fez assim, eu quero fazer o mesmo, porque devemos imitar aos santos em suas virtudes, e não nas particularidades de sua vida nem nas formas de atividades exteriores às quais eram levados por seu caráter ou pelo impulso do Espírito Santo.

Um por sua natureza é alegre e expansivo, por que deveria fazer violência para ser silencioso, sério e austero? Outro, ao contrário, se sente levado por sua natureza à reflexão, ao recolhimento e por que querer fazê-lo jovial, alegre, expansivo?

Devem ser corrigidos os defeitos e moderados os excessos, mas não se deve pretender violentar o caráter para fazer o oposto do que somos por natureza.

Jesus nos deixa nisto plena liberdade e se nós seguirmos dócil e simplesmente às divinas inspirações podemos santificar-nos na medida e modo que mais agrada a Deus, qualquer que seja nossa índole e nosso caráter. (São José Marello - Ensinamentos Espirituais)

O Papa João Paulo II expressou o mesmo ensinamento quando se dirigu aos jovens e lhes disse como serem santos sem deixarem de ser jovens.


Precisamos de Santos sem véu ou batina.

Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.

Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.

Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.

Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".

(João Paulo II)